Juventudes e participação política: construindo uma proposta “estadocrítica” libertária
DOI:
https://doi.org/10.21669/tomo.v43.20981Palavras-chave:
Autonomia, Democracia, Juventudes, Participação políticaResumo
A participação política é indissociável da democracia e partimos da premissa de que não existe uma sem a outra. Entretanto, nos estudos sobre juventudes, não existe um consenso em relação ao conceito de participação política, podendo variar de acordo com o entendimento de democracia dos(as) autores(as). Os(as) adeptos(as) da democracia representativa possuem a crença de que o Estado é o garantidor da participação política dos sujeitos, enquanto os(as) autores(as) de tendências mais libertárias, que entendem a democracia como um projeto de autonomia, têm como base a disjunção entre Estado e democracia. Nesse sentido, o presente artigo tem como intuito fazer uma breve discussão sobre a participação política a partir dessas duas perspectivas e trazer a teoria libertária “estadocrítica” como proposta teórico-metodológica para a compreensão da participação política das juventudes, utilizando a tríade com/contra/apesar do Estado como eixo norteador.
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