Racionalidade hegemônica e naturalização da injustiça ambiental
considerações sobre a sustentabilidade na BNCC
DOI:
https://doi.org/10.47401/revisea.v12.22532Palavras-chave:
currículo, educação ambiental crítica, justiça ambientalResumo
O objetivo deste artigo é analisar os limites e as possibilidades de abordagem da injustiça ambiental a partir da categoria de sustentabilidade conforme as competências e habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no ensino fundamental (anos finais) e no ensino médio. Foi um procedimento qualitativo e documental. Os dados foram produzidos com os descritores “ambient”, “justiça” e “natureza”, com o recorte para a discussão da categoria de sustentabilidade. As principais referências são Boff (2012), Acselrad, Mello e Bezerra (2009) e Apple (2006). O termo “injustiça ambiental” não está presente na BNCC e, embora a BNCC utilize o conceito de sustentabilidade, a sustentabilidade elencada pela BNCC não contribui para a abordagem, compreensão e superação da injustiça ambiental, pelo contrário, ela contribui para a sua naturalização.
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