Racionalidade hegemônica e naturalização da injustiça ambiental

considerações sobre a sustentabilidade na BNCC

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47401/revisea.v12.22532

Palavras-chave:

currículo, educação ambiental crítica, justiça ambiental

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar os limites e as possibilidades de abordagem da injustiça ambiental a partir da categoria de sustentabilidade conforme as competências e habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no ensino fundamental (anos finais) e no ensino médio. Foi um procedimento qualitativo e documental. Os dados foram produzidos com os descritores “ambient”, “justiça” e “natureza”, com o recorte para a discussão da categoria de sustentabilidade. As principais referências são Boff (2012), Acselrad, Mello e Bezerra (2009) e Apple (2006). O termo “injustiça ambiental” não está presente na BNCC e, embora a BNCC utilize o conceito de sustentabilidade, a sustentabilidade elencada pela BNCC não contribui para a abordagem, compreensão e superação da injustiça ambiental, pelo contrário, ela contribui para a sua naturalização.

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Biografia do Autor

Adson Francisco Menezes da Silva, Universidade Federal de Sergipe. São Cristóvão, SE. Brasil.

Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED). Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Ambiental de Sergipe (GEPEASE-UFS). Desenvolve estudos na área de educação com ênfase em Educação Ambiental.

Mônica Andrade Modesto, Universidade Federal de Sergipe. São Cristóvão, SE. Brasil.

Doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe na Área de concentração Formação docente, planejamento e avaliação educacional (2019); Mestra em Educação pelo mesmo programa na Área de concentração História, Política e Sociedade (2016); Especialista em Docência do Ensino Superior (2014) e Licenciada em Pedagogia (2012). Professora do Departamento de Educação da Universidade Federal de Sergipe (Campus Alberto Carvalho). Coordenadora pedagógica do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação Ambiental de Sergipe (GEPEASE/CNPq). Sócia Individual da ANPED - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação. Coordenadora adjunta do projeto Sala Verde na UFS. Tem experiência na área de Educação com ênfase em Educação Ambiental. Atualmente, concentra seus estudos no campo da Educação Ambiental, com foco na formação ambiental na formação inicial e continuada de professores; na relação entre Educação Ambiental e Educação do Campo e na Educação Inclusiva.

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Publicado

17.05.2025

Como Citar

Francisco Menezes da Silva, A., & Andrade Modesto, M. (2025). Racionalidade hegemônica e naturalização da injustiça ambiental: considerações sobre a sustentabilidade na BNCC. Revista Sergipana De Educação Ambiental, 12, 1–18. https://doi.org/10.47401/revisea.v12.22532

Edição

Seção

Fluxo contínuo

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