Cores que marcam: relações de gênero em livros didáticos de Língua Portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.20952/revtee.v17i36.19516Palavras-chave:
Gênero. Língua Portuguesa. Livro DidáticoResumo
Tomando como norte a importância dos livros didáticos (doravante LD) enquanto artefatos de produção das subjetividades, concordando que eles são utilizados expressivamente em salas de aula brasileiras, e admitindo seu potencial de persuasão em relação ao público a que se destinam, este texto faz parte da minha pesquisa de mestrado (De Melo, 2020), e observa como as relações de gênero são trazidas nas imagens, textos e exercícios propostos em duas coleções didáticas de língua portuguesa, aprovadas no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) do ano de 2019. Assim, observamos a quantidade de vezes em que modos de ser homem/mulher, pessoas trans e agêneros são citadas nessas coleções didáticas; quantas vezes as cores rosa/azul e seus semelhantes servem como marcador de generificação; que objetos, brinquedos e brincadeiras se mostram como exemplificação daquilo que é adequado ao feminino/masculino; e que esportes e demais características são apontadas como aquelas típicas desses modos de ser mulher/ homem através desses LD.
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