O professor de educação física com deficiência física e sua atuação profissional: um estudo de caso entrelançando preconceitos e estereótipos

Autores

  • Fabrício de Paula Santos Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil.
  • Marco Antônio Melo Franco Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.20952/revtee.v16i35.18568

Palavras-chave:

Deficiência. Educação Física. Personal Training.

Resumo

Na última década temos visto um aumento da literatura, no campo da Educação Física, abordando casos de pessoas com deficiência, particularmente, casos de alunos. O estudo aqui proposto direciona o foco para o professor de Educação Física objetivando investigar a atuação de uma professora com deficiência física, que atua como personal training em uma academia de ginástica. A partir de uma abordagem qualitativa de investigação, optou-se por desenvolver um Estudo de Caso.  Como resultados foi possível identificar uma profissão e um ambiente de trabalho atravessado pelo preconceito e pelo estereótipo, principalmente, no que diz respeito à estética do corpo. Por outro lado, os resultados também evidenciam a negação, por parte da personal training, sobre esses mesmos aspectos. O estudo considera que há uma tensão entre o preconceito velado e a posição de negação, desse preconceito, pela profissional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Andrade, M. M. A., & ARAÚJO, R. C. T. (2018). Características de alunos com deficiência física na percepção de seus professores: Um estudo sobre os parâmetros conceituais da classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde. Rev. Bras. Ed. Esp., 24(1), 3-16.

Bauman, Z. (2005). Identidade: entrevista a Benedetto Vecchi. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Burbules, N. C. (2012). Uma gramática da diferença: algumas formas de pensar a diferença e a diversidade como tópicos educacionais. In: Garcia R. L; Moreira, A. F. B. Currículo na contemporaneidade: incertezas e desafios. São Paulo, Cortez.

Buscaglia, L. (1997). Os deficientes e seus pais. 3. Ed. Rio de Janeiro: Record.

Cervantes, C.M. & Porreta, D.L. (2010). Physical activity measurement among individuals with disabilities: a literature review. Adapted Physical Activity Quarterly, Champaign, 27, 173-90.

Crochík, J. L.(1996). Preconceito, indivíduo e sociedade. Temas psicol., 4(3), 47-70.

Cruz, R.A.S (2013). Políticas públicas de educação especial: o acesso de alunos com deficiência, da educação básica ao ensino superior. In: Caiado, K.R.M. Trajetórias escolares de alunos com deficiência. São Carlos: Edufscar.

Dantas, J. B. (2011). Um ensaio sobre o culto ao corpo na contemporaneidade. Estudo e pesquisa em psicologia, 11(3), 898-912.

Diniz, D. (2012). O que é deficiência. São Paulo: Brasiliense.

Goffman, E. (1998). Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Tradução de Mathias Lambert. Rio de Janeiro: LTC.

Gregorutti, C. C., Zafanis, M. D., Omote, A., & Baleotti, L. R. (2017). A tarefa de casa na inclusão escolar: Alunos com deficiência física. Rev. Bras. Educação Especial, 23(2), 233-244.

Hall, S. (2015). A identidade cultural na pós-modernidade.; tradução: Tomaz Tadeu da Silva & Guaciara Lopes Louro. Rio de Janeito: Lamparina.

Hall, S. (2016). Cultura e representação/ Stuart Hall; tradução: Daniel Miranda e Willian Oliveira. Rio de Janeiro: ed. Puc-Rio: Apicuri.

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais- INEP (2019). Censo da Educação Superior: Sinopse Estatística. Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_superior/censo_superior/documentos/2020/Apresentacao_Censo_da_Educacao_Superior_2019.pdf.

Lima, M. (2009). Mercadorização do corpo, corpolatria e o papel do profissional de Educação Física. Estudos, 36(10), 1061-1071.

Ludke, M. & André, M. E. D. A (1986). Pesquisa em educação: Abordagens qualitativas. São Paulo: EPU.

Lustosa, F. G. & Ribeiro, D. M (2020). Inclusão de estudantes com deficiência no Ensino Superior: exigências de reconfiguração de saberes, concepções e práticas docentes. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, 15(2), 1523-1537.

Magalhães, R. C. P. (2006). Ensino superior no Brasil e inclusão de alunos com deficiência. In: Valdés, M.T.M. (org). Inclusão de pessoas com deficiência no ensino superior no Brasil: caminhos de desafios. Fortaleza: EDUCERE.

Martins, D. A.; Leite, L. P. & Lacerda, C. B. F. (2015). Políticas públicas para acesso de pessoas com deficiência ao ensino superior brasileiro: uma análise de indicadores educacionais. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 23(89), 984-1.014.

Matos, D. A. S. & Jardilino, J. R. L. (2016). Os conceitos de concepção, percepção, representação e crença no campo educacional: similaridades, diferenças e implicações para a pesquisa. Educação & Formação, 1(3), 20-31.

Mclaren, P. (1997). A vida nas escolas: uma introdução à pedagogia crítica nos fundamentos da educação. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas.

Mello, A. G. (2016). Deficiência, incapacidade e vulnerabilidade: do capacitismo ou a preeminência capacitista e biomédica do Comitê de Ética em Pesquisa da UFSC. Ciência e Saúde Coletiva.

Minayo, M.C de S. (1999). O desafio do Conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Abrasco.

Passos, I. C. F; & Barboza, M. A. G. (1999). A pesquisa etnográfica no contexto da reforma psiquiátrica brasileira: especificidade, importância e o estado da arte. In PASSOS, I. C. F. (Org). Loucura e Sociedade: Discursos, práticas e significações sociais. (pp.15-26) Belo Horizonte: Argymentvm.

Pereira, Ray. (2008). Anatomia da diferença: normalidade, deficiência e outras invenções- São Paulo. Casa do psicólogo.

Pessoa, S. C. (2018). Imaginários sociodiscursivos sobre a deficiência: experiências e partilhas - Belo Horizonte: PPGCOM.

Rimmer J. H. (2004). Physical activity participation among persons with disabilities: barriers and facilitators. Am J Prev. Med.

Silva, L. (2006). O estranhamento causado pela deficiência: preconceito e experiência. Revista Brasileira de Educação, 11(33), 1-20.

Silva S., Karla C. & Barros, J. de D. V. (2012). Estereótipos étnicos e representações sociais: uma breve incursão teórica. Revista Educação e Emancipação, 5(2), 1-16.

Silva, T. T. (2000). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais /Toma.Z Thdeu da Silva (org.), Stuart Hall, Kathryn Woodward.- Petrópolis, RJ: Vozes.

Silva, T. T. (2014). Identidade e Diferença: A perspectiva dos Estudos Culturais/ Tomaz Tadeu da Silva (Org.) Stuart Hall, Kathryn Woodward. 15. ed. Petrópolis, RJ:Vozes.

Siqueira, R. de & Cardoso, H. (2011). O conceito de estigma como processo social: uma aproximação teórica a partir da literatura norte-americana. Imagonautas.

Tomaz et al. (2016). Professores com deficiência: Vivência de in/exclusão na formação incial e contribuições para o trabalho docente. Revista COCAR, 10(19), 382-403.

Thomaz, D. (2016). Os desafios do trabalho docente pela voz de professores com deficiência. Dissertação de mestrado em Educação- Universidade da região de Joinville: UNIVILLE.

Downloads

Publicado

2023-05-16

Como Citar

Santos, F. de P., & Franco, M. A. M. (2023). O professor de educação física com deficiência física e sua atuação profissional: um estudo de caso entrelançando preconceitos e estereótipos . Revista Tempos E Espaços Em Educação, 16(35), e18568. https://doi.org/10.20952/revtee.v16i35.18568