A ARTE COMBINATÓRIA DA SÍNTESE E O INTERVALO TEMPORAL DA DOBRA DE LEIBNIZ
Rayane Ribeiro dos Santos
William de Siqueira Piauí Siqueira Piauí
Abstract
Este ensaio analisa a abstração matemática dos elementos de síntese na arte combinatória de Leibniz em termos de como isso informa a lógica da dobra. As condições a priori da síntese não são aquelas relativas a um sujeito universal, mas a um mundo. A arte combinatória de Leibniz atinge a objetividade em virtude de como as partes são concebidas como inclusões do todo, sua seleção em combinações explica de um certo ponto de vista que é, portanto, parte integrante do esboço geral do problema. A definição da parte através de “situs”, refere-se à sua “localização” (L77). Será examinado como uma diferença de profundidade, de acordo com um poder de repetição em série, subjacente ao situs das partes é central para a constituição do ponto de vista da mônada. Deleuze diz que para Leibniz “extensão (extensio) é ‘repetição contínua’ do situs ou posição — isto é, do ponto de vista” (AD 20). A abordagem de Leibniz será colocada em oposição com a composição coletiva do todo na concepção kantiana da unidade da apercepção, pela qual seus elementos necessariamente “ficam juntos”, constituindo a extensão do eu.