Entre o bélico e o diplomático
transicionar a ciência como possibilidade de humanizar a educação ambiental
DOI:
https://doi.org/10.47401/revisea.v7iEspecial.14387Palavras-chave:
autoconhecimento, ecofeminismo, transgêneroResumo
Refleti sobre as características dos elementos não racionais da aprendizagem e suas contribuições a um ensino de biologia para o autoconhecimento. Primeiramente apresentei algumas das limitações do modelo de ciência bélica, embasada na racionalidade, fazendo uma provocação sobre a necessidade de transiciona-la para um modelo com características femininas e diplomáticas. Por fim, trouxe propostas para pensarmos o contexto pandêmico, a partir dessa perspectiva. Concluí que feminilizar a ciência não é simplesmente formar mulheres para serem cientistas, é agregar as habilidades femininas para esse fazer, construindo assim relações ecossociais diplomáticas em detrimento daquelas bélicas, da ciência patriarcal colonizadora. A partir dessa perspectiva pensando em reduzirmos as vulnerabilidades frente ao COVID-19, é fundamental refletirmos sobre os afetos que emergem das relações interespecíficas. Isso começa a ser possível quando passamos a considerar um ensino-aprendizagem que se coloque para além da racionalidade, que passe pela fruição, pelas conexões afetivas e viscerais com o planeta.
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