Do banco da canoa
fontes orais como possibilidades para formação docente em contato com a Mata Atlântica
DOI:
https://doi.org/10.47401/revisea.v9i2.18321Palavras-chave:
Decolonialidade. Educação Ambiental de Base Comunitária. fonte oral. Imaginamundos. Regenerantes.Resumo
O artigo discute a importância do contato com os regenerantes da Mata Atlântica para formação docente. Questiona a fragmentação do conhecimento e o olhar científico supostamente neutro e hierárquico. Estabelece um exercício de escuta com um pescador, buscando compreender os seus conhecimentos sobre os ecossistemas localizados no entorno do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba. A vida em contato com o território produziu formas de leitura da natureza que podem ser somadas aos conhecimentos a partir dos instrumentos técnicos-científicos. Dialogar com o povo da restinga é um caminho para uma educação comprometida com as lutas democráticas, participativas e sustentáveis. Propõe a elaboração de filmes como espaços didático-pedagógicos que fortaleçam os saberes necessários à docência: escutar, observar, sentir, experimentar e imaginar. Conclui que a formação docente precisa incluir o contato com a dimensão orgânica da vida, na qual emergem a mais profunda existência humana, a sobrevivência a partir da alimentação, da relação íntima com a terra e com a água.
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