Mulheres catadoras do Rio Grande do Norte e mulheres indígenas do Ceará

Pedagogias de luta e olhares em diálogo pela descolonização do cuidado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47401/revisea.v9i2.18322

Palavras-chave:

Plural feminisms, Indigenous women, Female waste pickers, Care, Intersectionality

Resumo

O presente artigo apresenta uma reflexão vinculada à teorização sobre o cuidado e os direitos da natureza no marco do acompanhamento de dinâmicas de enfrentamento à COVID-19 por parte de mulheres lideranças de dois grupos sociais específicos: mulheres indígenas da Serra das Matas, no Ceará, e mulheres catadoras da Associação Reciclando para a Vida, de Mossoró, Rio Grande do Norte. A metodologia, de tipo qualitativo, baseou-se em encontros que tiveram lugar entre 08/2020 e 12/2021 no marco da pesquisa participativa “Boas Práticas de Enfrentamento à COVID-19 no Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará”, onde realizamos etnografias e acompanhamos a realização de oficinas em encontros presenciais e virtuais. Neste diálogo, mediado por uma perspectiva feminista interseccional e descolonizadora, ativamos tensões entre os conceitos de corpo-território, cuidado mais do que humano e pedagogias da luta de lideranças femininas, apontando para o caráter encarnado e comunitário de pedagogias de luta.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ACOSTA, A. & MARTÍNEZ, E. (org.) El buen vivir: una vía para el desarrollo. Quito: Abya-Yala, 2009.
AKOTIRENE, C. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019.
BUTLER, J. Problemas de gênero: Feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2003.
BUTLER, J. Corpos em aliança e a política das ruas. Notas para uma teoria performativa da assembleia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.
CARVALHO, J. J. de. Encontro de saberes: por uma refundação étnica, racial e epistêmica das universidades brasileiras. BERNARDINO-COSTA, Joaze; MALDONADO-TORRES, Nelson; GROSFOGEL, Ramón. Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica, 2018. p. 79-106.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX. Comunicação popular, meio digital e pandemia: experiência de uma pesquisa-intervenção. GERALDES, E. et al. Comunicação e Ciência na era covid-19. São Paulo: Intercom. 2021.p. 60-71.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Genealogias de um Pensamento Feminino Latino-Americano Encarnado: Escritos de si, em e sobre um território habitado (dossiê). Nº1 (15). Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, 2021. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/repam/issue/view/1931m. Acesso em: 3 jan. 2022.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX(2021). Encarnado vem de dentro, das vísceras: entrevista com Teka Potiguara e Marlúcia Potiguara. Genealogias de um Pensamento Feminino Latino-Americano Encarnado: Escritos de si, em e sobre um território habitado (dossiê). Nº1 (15). Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, 2021. p. 17-32. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/repam/issue/view/1931. Acesso em: 3 jan. 2022
FALS BORDA, O. Historia doble de la costa. Bogotá: Carlos Valencia Editores. 1979.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra. 1996.
GALINDO, M. Feminismo bastardo. Madrid: Traficantes de sueños. 2021.
hooks, b. Ensinando comunidade: uma pedagogia da esperança. São Paulo: Elefante. 2021.
KAPLÚN, M. El comunicador popular. Quito: CIESPAL. 1985.
LONDON, A. J.; KIMMELMAN, Jonathan. Against pandemic research exceptionalism. Science, 368 (6490), 2021. p. 476-477. Disponível em: http://science.sciencemag.org/content/368/6490/476. Acesso em: 3 jan. 2022
LUGONES, M. Colonialidad y Género. Tabula Rasa: Bogotá, Nº 1(9), 2008. p. 73-101.
MIES, M.; SHIVA, V. Ecofeminismo. Belo Horizonte: Editora Luas. 2021.
MORAGA, C; ANZALDÚA, G (ed.) This bridge called my back. Writings by radical women of color. Nova Iorque: Women of Color Press. 1981.
PACARI, N. Naturaleza y territorio desde la mirada de los pueblos indígenas. Derechos de la Naturaleza: El futuro es Ahora. Quito: Ediciones Abya Yala. 2019. p. 31-37.
PAREDES, J. Hilando Fino. Desde el feminismo comunitario. La Paz: Cooperativa El Rebozo. 2010.
PUIG DE LA BELLACASA, M. Matters of care: speculative ethics in more than human worlds. Minnesota: University of Minnesota Press. 2017.
QUIROGA DÍAZ, N. Economia del Cuidado. Reflexiones para un feminismo decolonial. Rev. Casa de la Mujer ISSN 2215-2725. N°20 (2). 2011. p. 97-116.
SATTLER, J. Um projeto ecofeminista para a complexidade da vida. ROSENDO, Daniela; OLIVEIRA, Fábio; CARVALHO, Priscilla e KUHNEN, Tânia (org.). Ecofeminismos. Fundamentos Teóricos e Práxis Interseccionais. Rio de Janeiro: Ape’Ku, 2019. p. 166-190.
XXXXXXXXXXXXXXXXXX
SOUZA SANTOS, Boaventura de. Direitos humanos: o desafio da interculturalidade. Rev.Direitos Humanos. Nº 02. 2019. p. 11-18.
VASCONCELOS, E. M. Educação popular: instrumento de gestão participativa dos serviços de saúde. Caderno de Educação Popular e Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Brasília: Ministério da Saúde. 2007. p. 18-29.

Downloads

Publicado

01.12.2022

Como Citar

Echazú Böschemeier, ​Ana G., Araújo Souza, K. C., Jocyele Ferreira Marinheiro, & Medeiros de Macêdo, M. L. (2022). Mulheres catadoras do Rio Grande do Norte e mulheres indígenas do Ceará: Pedagogias de luta e olhares em diálogo pela descolonização do cuidado. Revista Sergipana De Educação Ambiental, 9(2), 1–18. https://doi.org/10.47401/revisea.v9i2.18322

Edição

Seção

Saberes e estratégias de resistências em tempos de pandemia: pedagogias da luta