Educação e sustentabilidade
DOI:
https://doi.org/10.47401/revisea.v1i1.3203Resumen
Introdução: A educação ocupa lugar central no processo de construção de uma cultura sustentável. É através dela que poderemos fazer uma revolução paradigmática capaz de produzir mudanças necessárias para fazer frente ao cenário caótico em que nos encontramos. Urgem mudanças radicais no estilo coletivo de vida, se quisermos evitar a colisão a que o atual rumo nos conduz. Não podemos continuar dentro da lógica do paradigma antropocêntrico.Desenvolvimento: Precisamos caminhar na direção de um novo humanismo alicerçado na sabedoria e na humildade. Acreditamos que o objetivo central dos processos pedagógicos é desenvolver uma nova ética, que tem no cuidado o seu núcleo. A partir da ética do cuidado, o ser humano é sensibilizado e desafiado a adotar uma nova visão do planeta Terra e uma redefinição de suas práticas econômicas. O desafio da educação é reconciliar o ser humano com a natureza. Desenvolver o sentido de pertença, ternura e responsabilidade frente à vida. Para efetivar essa ética do cuidado e da responsabilidade em relação à natureza é imprescindível trabalhar o eu interior; desenvolver a consciência profunda de que somos dependentes da natureza. A ecologia profunda ou esse encantamento amoroso, poético, místico frente à natureza, essa transformação espiritual é essencial na caminhada em direção a uma cultura de convivência harmoniosa e pacífica com a Mãe Terra.
Conclusão: Nossa tarefa para o futuro imediato é desenvolver um novo paradigma cultural capaz de contemplar a sustentabilidade na esfera
econômica e que tenha sempre possível, no horizonte, a justiça social, a democracia, a solidariedade, uma cultura da paz, o respeito à pluralidade e uma política global dos direitos humanos. Nosso futuro comum na era da sociedade global depende da nossa capacidade de desenvolver essa nova consciência que busca a sustentabilidade natural, social e mental.
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