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Chamada aberta para vol 45: Rios em (dis)cursos, margens em linguagens: travessias e atravessamentos na produção poética de mulheres

2025-10-20

O Conselho Editorial da Interdisciplinar: Revista de Estudos de Língua e Literatura está com chamada aberta para  o dossiê do volume 45 - (Volume especial em comemoração aos 20 anos de Revista Interdisciplinar)

Dossiê: Rios em (dis)cursos, margens em linguagens: travessias e atravessamentos na produção poética de mulheres

Organizadoras> Profa. Dra. Adriana de Fátima Alexandrino Lima Barbosa, da Universidade de Brasília e do GT A mulher na literatura/ANPOLL, e Anélia Montechiari Pietrani, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do GT A mulher na literatura/ANPOLL. 

Ementa: Considerando a intensa reconstrução de referências que o conhecimento, a crítica e a literatura de autoria indígena e negra têm provocado nos estudos literários, convidamos para compor esse dossiê trabalhos de pesquisa que reflitam sobre as consequências e a potência de conceitos literários e políticos desenvolvidos pela crítica negra e indígena na dimensão histórica e atual da e sobre a autoria poética de mulheres. Também aguardamos trabalhos de pesquisa que levem em consideração as diferenças entre as perspectivas teórico-críticas tradicionais de base anglo-europeias e as noções teóricas que o pensamento negro e/ou indígena gera; a escrevivência (Conceição Evaristo) como teoria da expressão do sujeito-mulher-negra e a definição e os limites da descolonização frente às reparações históricas coletivas e individuais como horizonte imaginário de um futuro possível. Nas vias da crítica de autoria branca e antirracista, serão aceitos trabalhos que tematizam a racialização e o privilégio branco e ou que invistam na leitura da poesia de mulheres. O esforço para enfrentar essa problemática também está em resgatar e examinar os escritos de mulheres tradicionalmente relegados, ou totalmente omitidos, da historiografia literária brasileira. A matéria exige ler a vasta produção poética que, de alguma forma, responda ou ponha em tensão essa discussão, ao mesmo tempo que demanda investigar a história da produção, publicação e recepção literária; a história dos papéis de gênero nas esferas política, social e literária. Nossa intenção é discutir como a produção de autoria de mulheres das fronteiras e nas margens quebra os círculos viciosos das hierarquizações nas recriações de mundos: alteridades em movimento, falácias da unidade, saberes do/em processo, parcialidades de universalidades, possibilidades de (des)encontro, desierarquização de gêneros, acentricidades, multilinguismo, cruzamento de fronteiras linguísticas, travessias interculturais, dinamicidades entre oralidade e escrita, oralitura, preservação da biodiversidade, paisagens ecológicas, ecopoesia, ecologia da palavra, ecologia linguística. Finalmente, o convite é o de pensar com a linguagem poética e observar como ela lida com essas questões sob o viés crítico feminista contra as colonialidades da mente, do gênero, da língua, do espaço, do saber e, mesmo, da própria história e crítica literárias. Para isso, serão bem-vindas análises de poemas isolados e/ou de obras completas de diferentes gêneros poéticos (poemas líricos, épicos, curtos, longos, prosa poética, poema em prosa), escritas em uma única língua ou multilíngues, produzidas individual ou coletivamente, com abordagem comparativa (interlínguas, interartes, interautoras, intermídias) ou não.

Só serão avaliados textos cadastrados em nossa plataforma:

https://www.seer.ufs.br/index.php/interdisciplinar/about/submissions

Obs: O/a autor/a precisa fazer o cadastro no site da revista e, logo após, submeter o texto para ser avaliado seguindo as normas da revista. Essa primeira versão não tem identificação. Apenas após o aceite é que o/a autor/a deverá colocar seus dados.

Cronograma: 

Prazo para recebimento dos artigos: até 30/12/2025

Avaliação dos textos entre janeiro e março de 2026

Previsão de publicação: abril de 2026.

Saiba mais sobre Chamada aberta para vol 45: Rios em (dis)cursos, margens em linguagens: travessias e atravessamentos na produção poética de mulheres

Edição Atual

v. 43: Ano XX - jan-jun de 2025 | Estudos comparados: leituras e traduções das subjetividades identitárias
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Publicado: 2025-10-14

Apresentação

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CHAMADA Volume 40, referente a jul-dez de 2023

Dossiê: Tradução em Perspectiva: teoria, prática, crítica e outros discursos

Organizadores: Profa. Dra. Mirella do Carmo Botaro (Sorbonne Université), Profa. Dra. Joyce Palha Colaça (UFS), Prof. Dr. Valter Cesar Pinheiro (UFS/PPGL)

Ementa: O Conselho Editorial da Interdisciplinar: Revista de Estudos de Língua e Literatura e o Grupo de Pesquisa Transversal (Tradução Literária e outras Poiéticas Translacionais) abrem chamada para o volume 40, que terá o dossiê intitulado “Tradução em Perspectiva: teoria, prática, crítica e outros discursos”, organizado pelos professores Joyce Palha Colaça e Valter Cesar Pinheiro, da Universidade Federal de Sergipe, e Mirella do Carmo Botaro, da Sorbonne Université.

Os Estudos da Tradução são um campo disciplinar que tem progressivamente conquistado espaço e notoriedade no âmbito acadêmico. A pluralidade de reflexões – tanto teóricas quanto práticas – que essa área oferece possibilita a existência de uma vasta gama de trabalhos em que se destacam os aspectos contextuais, políticos e econômicos do processo tradutório. Assim, Casanova insere as circulações literárias que envolvem a tradução num vasto sistema de dominação centro-periferia (CASANOVA, 2002, 2021). Nesta mesma ótica, Sapiro e Lefevere consideram os diferentes fluxos de traduções como um espelho de hierarquias entre línguas dominadas e dominantes e analisam toda a cadeia de agentes envolvidos direta ou indiretamente nas circulações – editores, organizadores de coleções e antologias, críticos, mediadores e, é claro, os próprios tradutores (LEFEVERE, 1992; SAPIRO, 2014).

Às reflexões sobre a dimensão geopolítica de um texto em tradução acrescentam-se as de cunho teórico e filosófico, que, desde as últimas décadas do século XX, apontam para uma reorientação metodológica do ato de traduzir para além da binariedade fidelidade-traição. Essa nova visão ética da tradução é central no pensamento de Antoine Berman (BERMAN, 2002), de Lawrence Venutti (VENUTI, 2019, 2021) e, em certa medida, de Henri Meschonnic (MESCHONNIC, 2010), para quem a dimensão ética da tradução se dá como um respeito ao ritmo, à oralidade e à enunciação do texto. No Brasil, estas reflexões desdobram-se numa via de mão dupla que se estabelece entre reflexões de ordem teórica, prática e crítica e entre poesia e tradução (BRITTO, 2012; CAMPOS, 1967; CESAR, 1999; FALEIROS, 2012; LARANJEIRA, 1993).

Numa concepção mais ampla, antropológica, a tradução estaria na base das relações humanas. Neste sentido, ela remete a uma transferência (ESPAGNE, 2013; RIAUDEL, 2015), operação que implica deslocamento e reconfiguração de realidades, paradigmas e sistemas que regem a comunicação. Numa perspectiva intersemiótica, esta transferência ocorre entre textos de linguagens diferentes, verbais e não verbais (PLAZA, 2003; QUADROS, 2006; SEGALA, 2010). Na intersecção com outras áreas do conhecimento, a tradução pode lançar novas perspectivas à Psicanálise (ARROJO, 1993), aos Estudos Culturais (BHABHA, 1994), aos Estudos Pós-Coloniais (BANDIA, 2001; ZABUS, 2018; SUCHET 2009) e, enfim, aos Estudos Feministas e de Gênero (FLOTOW, 1991; SIMON, 1996).

A tradução é, portanto, um eixo vasto e complexo de pesquisa, conjugando muitas áreas de conhecimento para além da tradutologia, dentre as quais a História, a Antropologia, a Sociologia, a Estética e a Literatura Comparada. No intuito de refletir essa pluralidade, esse dossiê acolherá trabalhos que tratem da tradução em suas mais diversas formas, além de textos de outra natureza, como entrevistas com tradutores e traduções comentadas. Dentro dessa proposta, serão aceitos artigos individuais ou em coautoria, em português, inglês, francês e espanhol.

Prazo para recebimento de artigos do VOLUME 40: entre 01/05/2022 e 10/10/2023.
Meio de envio: pela plataforma da revista