Saberes ambientais de uma vida no campo:

diálogos entre a memória biocultural de agricultores familiares e o ensino de ciências

Autores/as

  • Júlia Kuse Taboada Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil https://orcid.org/0000-0002-9006-220X
  • Marilisa Bialvo Hoffmann Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.47401/revisea.v9i2.17328

Palabras clave:

Agricultores familiares, Enseñanza de las ciencias, Memoria Biocultural, Conocimiento ambiental

Resumen

El presente trabajo tiene como objetivo recopilar información sobre prácticas culturales, saberes tradicionales y saberes socioambientales de agricultores familiares del municipio de Glorinha-RS, identificando puntos de diálogo con la enseñanza de las Ciencias a partir del concepto de Memoria Biocultural. Para ello, se realizaron cinco entrevistas a agricultores familiares de la localidad y posteriormente, se analizaron con la ayuda metodológica del Análisis Textual Discursivo. Como resultado, proponemos dos categorías temáticas: prácticas agrícolas y ganaderas; y relación con el agua, considerando que fueron temas destacados en los discursos de los agricultores y que tienen potencialidades de diálogo con la enseñanza de las ciencias naturales. Finalmente, concluimos que el (re)conocimiento de la Memoria Biocultural de los agricultores familiares y otros pueblos rurales, desde la enseñanza de las ciencias, contribuye a no profundizar en el proceso de olvido de los saberes ecológicos y prácticas ancestrales y tradicionales que históricamente constituyeron los territorios.

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Biografía del autor/a

Júlia Kuse Taboada, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil

Estudante de Licenciatura em Ciências Biológicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Desenvolve trabalhos nas áreas de agroecossistemas, etnoecologia, sistemas agroflorestais, conversação, biodiversidade nativa e educação ambiental. Atualmente, trabalha com pesquisa e extensão no Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Rural (PGDR) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, estando envolvida com o Círculo de Referência em Agroecologia, Sociobiodiversidade, Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (AsSsAN Círculo) e participa do grupo de estudos SEMEIA.

Marilisa Bialvo Hoffmann, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil

Professora adjunta do Departamento de Ensino e Currículo/Faculdade de Educação (FACED) e professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde/ Instituto de Ciências Básicas da Saúde (ICBS), ambos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Doutora e Mestre em Educação Científica e Tecnológica pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI. Líder do Grupo SEMEIA- Seminários de Estudo/Investigação/Ação na Formação de Professores de Ciências da UFRGS. Possui experiência docente na Educação Básica (Anos Iniciais/Ensino Fundamental/Ensino Médio) e no Ensino Superior. Principais interesses de pesquisa: Formação de professores de Ciências e Biologia, Educação do Campo e Ensino de Ciências, Docência no Ensino Superior. 

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Publicado

2022-12-01

Cómo citar

Taboada, J. K., & Hoffmann, M. B. (2022). Saberes ambientais de uma vida no campo:: diálogos entre a memória biocultural de agricultores familiares e o ensino de ciências. Revista Sergipana De Educação Ambiental, 9(2), 1–22. https://doi.org/10.47401/revisea.v9i2.17328

Número

Sección

Saberes e estratégias de resistências em tempos de pandemia: pedagogias da luta